“A gente pensa muito no cuidado com o usuário, mas o Saúde e Bem Viver faz pensar na saúde de quem cuida.” Com essas palavras, a coordenadora da E-Multi de Cachoeirinha, Paloma Rayanne, destacou a contribuição trazida pelo Saúde e Bem Viver para sua vida profissional e pessoal. Ela foi uma das estudantes presentes na mostra de encerramento do curso em Pernambuco, que contabilizou 209 profissionais da Atenção Primária à Saúde como participantes. O evento aconteceu na segunda semana de novembro, no prédio da Faculdade Estácio, no bairro da Madalena, no Recife.  

A programação começou com o acolhimento e o credenciamento, seguido por mesa de abertura com a presença da diretora de Políticas Estratégicas e Transversais da Secretaria Estadual de saúde, Alexiane Silva, da diretora geral da Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco, Célia Borges e da coordenadora do ObservaPICS, Islândia Carvalho. Na sequência foram apresentados os Projetos de Intervenção desenvolvidos na última etapa da formação. 

Em Pernambuco, o curso teve 11 tutores e representantes de 67 municípios. No encontro, estudantes relataram a maneira como a formação vem fortalecendo o cuidado integral e ampliando a presença das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) nos territórios. 

Para Paloma, o Saúde e Bem Viver ampliou a compreensão sobre o cuidado no SUS. “Quando o profissional está bem consigo mesmo, inserindo as Pics no cotidiano, isso reflete diretamente no usuário. O curso soma para o gestor e para toda a equipe.” Ela destacou ainda que o projeto Cuidando de Quem Cuida, já existente em seu município, com oferta de ventosaterapia e auriculoterapia, ganhou novas possibilidades com a formação. “O piloto já mostrou resultados. Em fevereiro, voltamos com ele mais estruturado.” 

A agente comunitária de saúde (ACS) Fabrícia Aquino, também de Cachoeirinha, reforçou a contribuição do Saúde e Bem Viver: “O curso somou muito ao trazer minha experiência com auriculoterapia para o trabalho como ACS. As Pics e o Ativa SUS (projeto da UFPE, em parceria com a SES, focado na formação e capacitação de profissionais do SUS para fortalecer o cuidado integral na atenção primária) nos fizeram refletir sobre o autocuidado. A gente também precisa estar bem.”  

As referências técnicas em Pics no estado, Karina Catanho e Víigínia Moura, também celebraram os avanços. Karina pontuou que “o curso fortaleceu a oferta de Pics em Pernambuco e trouxe um olhar mais atento do trabalhador para si e para seus colegas.” Vírginia complementou. “O Saúde e Bem Viver levou as Pics para lugares onde nem eram conhecidas. As equipes passaram a entender que é possível trabalhar com elas no território.” 

O total de 47 projetos de intervenção foram elaborados no curso. Um deles é As Pics como ferramentas para adesão dos adolescentes ao autocuidado, que envolveu seis jovens de três unidades de saúde de Panelas, a 178 km de distância do Recife. O projeto fez uso de arterapia, musicoterapia, aromaterapia, auriculoterapia e meditação para aliviar o estresse e a ansiedade. De acordo com as autoras, Lívia Gislayne Silva, Maria Roberta Silva e Roberta Carolliny Alves, o uso dessas Pics ajudou os participantes a entenderem melhor seus sentimentos, a aprender a lidar com as emoções e trouxe alívio dos sintomas de ansiedade.  A escolha desse público se deu porque, no município, chegam às unidades de saúde, jovens com depressão e com tentativas de suicídio. O trabalho contou com a participação de psicólogo, médicos, enfermeiros e fisioterapeuta. 

Outro projeto apresentado na mostra foi Grupo terapêutico: Agentes com saúde, das agentes comunitárias de saúde (ACS) Flávia Gomes, Genivan Apolinário e Keyla Falcão, de Timbaúba, na Zona da Mata Norte do estado. Em encontros mensais, mediados por ACS e multiprofissionais, os agentes compartilham experiências, trocam apoio, recebem orientações de autocuidado, com ênfase nas Pics, como meditação, automassagem e aromaterapia, além participarem de ações de educação permanente. 

“A mostra evidenciou como o Saúde e Bem Viver tem mobilizado a Atenção Primária em Saúde e ampliado práticas de autocuidado e fortalecido a implementação das Pics nos territórios, reafirmando a importância do cuidado com os trabalhadores e trabalhadoras do SUS”, destacou Islândia Carvalho, coordenadora do ObservaPICS. 

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