O ObservaPICS avança no mapeamento sobre grupos de pesquisa no diretório do CNPq e uma das novas constatações é que 174 deles, distribuídos em todas as regiões do Brasil, têm projetos voltados às práticas tradicionais, integrativas e complementares em saúde. Desses, 84 estudam a aplicação das PICS no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que 27,2% estão interessados nas condições crônicas de saúde.
Dos 90 que pesquisam PICS sem foco específico o SUS, 28% também estudam condições crônicas de saúde. “A referência às condições crônicas considera o conceito de condições de saúde proposto pelo consultor em saúde pública Eugênio Vilaça Mendes, um dos mais citados no Brasil. Ultrapassa a tipologia de doenças em transmissíveis ou crônicas não-transmissíveis, pois inclui, além das enfermidades classificadas frequentemente como crônicas, como diabetes e hipertensão, outras condições que não são doenças e também exigem respostas sociais adequadas dos sistemas de atenção à saúde, a exemplo de deficiências físicas, pobreza, violência, problemas ligados à maternidade, distúrbios mentais, emocionais e mesmo enfermidades infecciosas que cronificam, como Aids, tuberculose e hanseníase”, explica a pesquisadora Islândia Carvalho, coordenadora do ObservaPICS e da pesquisa no diretório do CNPq.
CIÊNCIA ABERTA
Na primeira fase do estudo, foram identificados 494 grupos que utilizavam descritores afins das PICS. Na segunda etapa, quando houve a escuta dos grupos selecionados, foi possível detalhar a atuação dos grupos, selecionando quem de fato pesquisa sobre PICS, número que corresponde a pouco mais de 35% dos inicialmente selecionados.
Detalhes das novas informações são destaque no terceiro número do Boletim Evidências, já disponível no site. Dados e análises completas, assim como o banco de dados, atualizado, podem ser acessados também aqui, na seção Biblioteca.
Alinhado ao movimento da Ciência Aberta da Fundação Oswaldo Cruz, o ObservaPICS disponibiliza para o público em geral todos os resultados do mapeamento sobre grupos de pesquisa em práticas integrativas e complementares em saúde. Dessa forma, qualquer cidadão, profissional de saúde, usuário, gestor do SUS, estudante e pesquisador com interesse nas PICS poderá conhecer o conteúdo completo. Também está disponível o relatório analítico do estudo.
Acesse, no link abaixo, o Banco de Dados da segunda fase do mapeamento dos grupos de pesquisa voltados às práticas integrativas e complementares em saúde no diretório do CNPq.
Banco de dados 2ª fase do mapeamento dos grupos voltados às PICS.
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