Parceria | Opas, Fiocruz e Observatório atualizam calendário
“O diálogo com as medicinas de povos tradicionais e com as práticas integrativas reconhecidas como modalidades de cuidado nas Américas, entre elas o uso de plantas medicinais, é uma estratégia importante para garantir uma saúde integral, reconhecendo a cultura do território e construindo vínculos entre usuários e serviços de saúde”, disse a coordenadora do ObservaPICS, Islândia Carvalho, em reunião com representante da Organização Pan-Americana da Saúde, na Fiocruz, em agosto.
A reunião de trabalho com o assessor regional de Serviços e Sistemas da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Gustavo Rossel, atualizou o calendário de atividades de um acordo sobre Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas (MTCI). Firmada em 2023, a cooperação prevê atividades conjuntas de pesquisa, promoção de eventos e produção de publicações que disseminem evidências e outros conhecimentos acerca da temática em apoio a políticas públicas nas Américas. “Planejamos um encontro com representação de gestores de saúde dos países das Américas para debater as questões pertinentes à cooperação”, destacou a vice-presidente adjunta de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz (VPAAPS/Fiocruz), Patrícia Canto.
Qual será o lugar das Pics no cuidado em saúde?
O Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS) participou do II Encontro Estadual de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, realizado em setembro pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Na ocasião, a coordenadora do ObservaPICS, pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Islândia Carvalho, provocou a plateia de profissionais e gestores do SUS para uma reflexão sobre o cuidado que se deseja no sistema único. “Que formas de cuidar das pessoas nós vamos querer no SUS? A biomedicina tem o seu lugar, mas qual será o das práticas integrativas? As Pics estão melhorando a vida além da doença”, afirmou.
Para Islândia, a defesa do SUS e da inclusão das práticas integrativas requer mobilização permanente. “Eu espero que a próxima geração não tenha que nascer indigente”, afirmou, fazendo referência à ausência de política de saúde no Brasil antes da Constituição Federal de 1988, quando só tinha acesso a grandes hospitais do antigo Inamps aqueles trabalhadores com carteira assinada. Os demais eram considerados indigentes. “Vamos dar as mãos e construir redes de cuidado”, convidou.
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